Os FOFs, ou fundos de fundos, são um instrumento de investimento amplamente desenvolvido em todo o mundo, inclusive no Brasil. O objetivo deste estudo é avaliar o desempenho dos FOFs de ações no Brasil, avaliando-o por meio de três metodologias e três visões diferentes da amostra.
A primeira, composta por regressões em painel, visa identificar os determinantes dos retornos e da criação de valor dos FOFs. A segunda identifica a probabilidade de os FOFs superarem os fundos espelho e mestre. Utilizando regressões logit, o estudo busca identificar os determinantes dessas probabilidades. Por fim, foram construídos índices FOF e analisados seu desempenho, determinantes de retorno e capacidade de market timing em comparação com o ETF BOVA11, o mais líquido do mercado brasileiro.
Este artigo contribui ao definir claramente os FOFs devido à observação das carteiras dos fundos. A amostra final compreende 3.350 fundos de ações, dos quais 307 são fundos de ações, 1.242 fundos Master e 1.801 fundos Mirror (fundos espelhos). Estes fundos são geridos por um total de 404 gestores de ativos, dos quais 89 são gestores FOF. O período de análise é entre 31/12/2013 e 31/12/2023, 10 anos de dados.
Os resultados mostram que, em geral, em média, os FOFs apresentam retorno e desempenho inferiores medidos pelo índice de Sharpe do que os demais. Os fatores Fama-French e Carhart, juntamente com a exposição cambial, e a taxa de administração cobrada são os principais determinantes do retorno. A probabilidade de o FOF ter um retorno superior ao de outros fundos de ações é inferior a 50%. No entanto, é possível construir estratégias de índice ou FOF que superem o investimento passivo, como um ETF de índice de mercado geral, mas não tenham habilidade de timing de mercado.
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